...Há algum tempo percebera
que via na individualidade de cada pessoa
ou objeto
apenas aspectos do Todo
...Assim, sabia que
nada do que via
era exatamente o que estava ali
diante de mim
Nada do que ouvia
era exatamente o que ouvia
Nada do que cheirava, do que sentia, do que tocava...
E tudo isso me entristecia profundamente...
A ponto de, em certo dia
Eu querer largar tudo e correr para algum lugar
que eu não sabia exatamente onde ficava
...E passar ali a tarde inteira
sentado à sombra de uma árvore
ouvindo Pink Floyd
...Talvez esse "Lugar Desconhecido"
fosse a própria música que eu ouvia
...Enquanto olhos sangravam no ar.